terça-feira, 10 de julho de 2018

1975


   As primeiras lembranças que tenho das motocicletas,vem de quando eu devia ter uns seis ou sete anos.Nesse época ocorriam algumas corridas de lambreta em volta da praça João de Barros Ferreira.
   Quando ouvi pela primeira vez aquele som estridente dos motores dois tempos que mais parecia um enxame de abelhas enfurecidas,e minha mãe me explicou do que se tratava,foi como se à partir daquele instante o meu coração tivesse começado à pulsar na mesma velocidade das lambretas.
   jamais cheguei a assistir uma dessas corridas.elas ficaram apenas no  meu imaginário.Minha mãe se recusava a me levar pra assistir por achar que aquilo não era coisa de gente normal.Talvez ainda não tivesse percebido que essa minha paixão por algo que nunca despertou o interesse de ninguém dentro da família ,era irreversível.
   Sem conseguir convencê-la a me levar para ver as corridas,eu chorava e ameaçava:-Quando eu crescer,vou comprar uma bicicleta e a senhora vai ver,a senhora não me segura mais!
   Outra lembrança das motocicletas vem de quando meu pai me levava com ele para a marcenaria do seu Miguel Pimentel.Eu ficava namorando os restos de motos espalhados pelo local.Eram velhas JAVAs,BSAs e NSUs,misturadas à serragem e móveis inacabados que nunca mais saíram da minha cabeça.

CORRIDAS DE LAMBRETA

Nenhum comentário:

1986

   O método mais seguro para aprender a empinar,era sair carregando alguém na garupa para segurar a moto arrastando os pés no chão,caso e...